Duas visões sobre tecnologia

Walter Benjamim afirma que a partir do momento em que o modo artesanal de produção de arte já não existe mais, devido às máquinas que passam a produzir as obras de arte em série, fazendo com que elas fiquem mais acessíveis a todos, há a perda da noção de Aura. Já Mcluhan atribui à essas máquinas, que na verdade são basicamente os meios de comunicação a ação de prolongar o nosso sistema nervoso central. A tecnologia elétrica parece favorecer a palavra falada, inclusiva e participacional, e não a palavra escrita especializada. Nossos valores ocidentais, baseados na palavra escrita, têm sido consideravelmente afetados pelos meios elétricos, tais como o telefone, o rádio e a televisão.
Para McLuhan, o meio conduz a mensagem, sendo assim o próprio a mensagem. Os meios de comunicação servem como extensões do homem dando à ele novos meios de perceber e mudar o seu mundo. Segundo ele, o homem é modificado por suas próprias invenções, mesmo que estas sejam imperceptíveis. McLuhan conclui que os meios de comunicação de massa ajudam a moldar o individuo, pois influenciam as pessoas de formas interessantes. Para ele, o rádio é um desses meios, pois prolonga a audição com uma alta definição, exigindo do ouvinte pouco esforço para captar a mensagem.
Além disso, os dois autores citam a compreensão da técnica (alfabeto, imprensa e cinema, por exemplo) e a relação entre os modos de perceber a mesma. A forma como eles abordam essa problemática é interessante por conta das conseqüências que motivam para a compreensão dos elementos dos meios de comunicação de massa. E tal compreensão mostra elementos de caráter técnicos em relação è recepção dos indivíduos. Para McLuhan, a manifestação dessas técnicas está relacionada ao modo pelo qual se dá a percepção e recepção desses meios de comunicações em massa.

Grupo: Julia Camara, Júlia Pacheco, Lonya Mana e Thiago Santos.