As tecnologias e as suas percepções

De acordo com o texto A Obra de Arte na Era de sua Reprodutibilidade Técnica, Walter Benjamin afirma que com o surgimento da fotografia ocontece uma tranferência das mãos do homem, do seu modo de fazer artesanal para a sua visão fixada na objetiva da máquina, resultando em uma existência serial e proximidade da arte, o que provoca uma quebra na noção de Aura. Já para o teórico Marshall McLuhan, ocorre uma extensão do sistema nervoso do ser humano, representado nos meios de comunicação. Esses meios são os mesmos aos quais Benjamin atribui a perda da Aura.
O meio é visto como a mensagem, porque além de ter esse caráter de extensão do homem, também se relaciona com as percepções instauradas pelas tecnologias da comunicação. Essas tecnologias (como o rádio, televisão) interferem no modo como percebemos o tempo e o espaço, mas essa alteração depende da maneira como o meio se apresenta, pois o meio em que se obtém a informação pode alterar a forma de recepção. É colocado em questão a recepção feita pelo rádio e pela televisão nos debates Kennedy-Nixon, os debates feitos no rádio ficou evidente que Nixon teve um desempenho melhor do que o outro candidato, entretando na televisão a sua imagem não foi superior e acabou sendo transformada em uma coisa falsa.
Ambos os autores procuram conceituar o cinema em seus respectivos textos. Benjamin afirma que o cinema é a fotografia repetida várias vezes, e faz uma reflexão sobre a técnica envolvida na elaboração de um filme (ele afirma que a montagem junta fragmentos, jogando na tela a obra final resultante do processo). O cinema cria um culto ao ator que favorece a indústria cinematográfica e reforça o aspecto mercadológico. McLuhan também destaca a natureza fragmentada do cinema, exibindo um mundo de ilusões triunfantes e de sonhos que o dinheiro pode comprar.

Grupo: Ana Carolina, Camila, Carlos Roberto, Jander Brunn, Luana e Mayara