Benjamin escreve que o rádio e o cinema não modificam apenas a função do ator profissional, mas também a de qualquer pessoa que apresente-se diante do microfone ou câmera. Pode-se dizer que a "era da eletricidade" está inserida na "era da reprodutibilidade técnica" de Benjamin. Por isto, para ele, os meios de comunicação de massa empobrecem a
cultura - tanto a chamada erudita quanto a popular se empobrecem; a primeira porque perde o seu valor de culto e a idéia de aura através da reprodutibilidade e a segunda porque deixou de ter aquela idéia de "folclore", de forma que há um valor de exposição dos bens culturais, e não mais um valor de culto.

Já Mc Luhan tem uma visão dos meios de comunicação em massa mais pela percepção de seu poder de persuasão, que muda de acordo com o meio. Ao falar do rádio, por exemplo, o autor destaca uma importante participação política, alegando que se fosse outro meio, a história poderia ter sido outra. O autor afirma:
"... o rádio é um meio quente e leva a sério as figuras das caricaturas" (...) "... Hitler só teve existência política graças ao rádio e aos sistemas de dirigir-se ao público."
A partir dos modos distintos de percepção dos meios de comunicação de massa, é possível fazer uma análise mais detalhada, portanto ao examinar os efeitos do rádio nas pessoas letradas e nas não letradas ou pouco letradas, Mc Luhan afirma que:
"... As sociedades altamente letradas, ...têm conseguindo absorver e neutralizar a implosão do rádio sem revolução. Mas o mesmo não acontece com as comunidades que ainda não possuem senão uma breve e superficial experiência de cultura letrada. Para estes, o rádio é absolutamente explosivo."
Assim vemos o resgate da comunicação oralizada, “retribalizando a Humanidade”. O rádio atinge as pessoas não alfabetizada, que ao escutar o som, automaticamente, “preenche com todos os sentidos e não apenas com a visão da ação. Este faça-você-mesmo, esta complementação ou “fechamento” da ação desenvolve no jovem uma espécie de isolamento independente que o torna remoto e inacessível.”
A partir dos modos distintos de percepção dos meios de comunicação de massa, é possível fazer uma análise mais detalhada, portanto ao examinar os efeitos do rádio nas pessoas letradas e nas não letradas ou pouco letradas, Mc Luhan afirma que:
"... As sociedades altamente letradas, ...têm conseguindo absorver e neutralizar a implosão do rádio sem revolução. Mas o mesmo não acontece com as comunidades que ainda não possuem senão uma breve e superficial experiência de cultura letrada. Para estes, o rádio é absolutamente explosivo."
Assim vemos o resgate da comunicação oralizada, “retribalizando a Humanidade”. O rádio atinge as pessoas não alfabetizada, que ao escutar o som, automaticamente, “preenche com todos os sentidos e não apenas com a visão da ação. Este faça-você-mesmo, esta complementação ou “fechamento” da ação desenvolve no jovem uma espécie de isolamento independente que o torna remoto e inacessível.”

Walter Benjamin analisa esta “mudança de percepção” e ela encontra-se exemplificada no texto de McLuhan na medida em que se fala da mudança da mensagem ligada à do meio (quando muda-se o meio pelo qual se propaga a mensagem, esta também muda). McLuhan toma como exemplo a diferença de impressão causada sobre quem capta uma mesma mensagem no rádio ou na TV:
"Quando Kruschev apareceu na TV americana, foi mais aceito do que Nixon, dado o seu tipo de garotão amável e cômico. Na TV, sua figura se transformava numa charge. Mas o rádio é um meio quente e leva a sério as figuras das caricaturas. No rádio, Sr. K. teria causado impressão bem diversa."
McLuhan também relata a influência dos meios uns sobre os outros, transformando-se entre si por esse fator e nesta mesma linha de raciocínio, Benjamin fala dos quadros como obra de arte. Ele diz que os quadros sempre pretenderam ser contemplados por apenas um espectador, ou por apenas um pequeno número de espectadores, e com a reprodutibilidade técnica surge a possibilidade de se criar cópias dos quadros e consequentemente de que estas cópias sejam contempladas, através de outros meios, por um número muito maior de pessoas, perdendo sua aura, e alterando assim a sua percepção.
Grupo: Caio Tibúrcio, Diogo Bardasson, Francisco Protasio, Letícia Xavier, Matheus Marins, Rodrigo Freitas
Grupo: Caio Tibúrcio, Diogo Bardasson, Francisco Protasio, Letícia Xavier, Matheus Marins, Rodrigo Freitas
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