É correto afirmarmos que a oralidade teve um papel fundamental para o processo cultural da humanidade. Inúmeros mitos, vários conceitos e valores éticos foram transmitidos por gerações criando, nos diferentes povos, a ideia de laço social. Aspectos como a interatividade e capacidade de interferir no outro são marcas da oralidade que, há muitos anos vêm sendo buscadas pelas diversas mídias através das novas tecnologias.
Com a propagação da cultura do letramento, a partir do século XVII, houve um crescente aumento do saber científico, filosófico e também de caráter histórico/ informativo por parte da população. Através do material impresso foi possível atingir um público consideravelmente alto que a oralidade custaria a atingir.
A escrita proporcionou que as pessoas mudassem seus hábitos, valores e costumes, repensando os conceitos que lhes eram impostos e, ainda, adquirindo conhecimento científico, descritivo de um determinado lugar desconhecido, literário/ ficcional, filosófico e novos dogmas religiosos foram propostos com a Reforma Protestante.
Destaquemos ainda a mediação que é feita pelo receptor da mensagem presente no texto lido que diferencia das mais diversas interpretações possíveis inclusive àquela inicialmente proposta por seu emissor. Além da pluralidade interpretativa, há possibilidade de o leitor fazer uso do texto fragmentado ou voltar ao texto posteriormente à leitura, algo que não está presente na oralidade.
Portanto é importante ressaltar que a escrita não é melhor que a oralidade nem o seu contrário o é. Pois, ambas as tecnologias possuem suas particularidades, gramáticas e diferentes usos em nossa sociedade.
Aluno: Jurdiney Junior.
07 outubro, 2009
A Oralidade e a Escrita
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