12 outubro, 2009

O Rádio e a Tv para Mcluhan

Mcluhan se propõe a estudar os meios de comunicação de “massa” da era eletrônica, estabelecendo distinções entre o rádio e a Tv.

É possível estabelecer uma linha de coerência entre o que Benjamin estabelece em seu estudo sobre a Reprodutibilidade Técnica e o que é afirmado por Mcluhan em seu ensaio sobre o Rádio. Benjamin em seu ensaio afirma que o cinema constrói artificialmente a personalidade do ator, ou seja, concluía em seu estudo que o rádio e o cinema não modificariam apenas a função do ator profissional, mas também de qualquer pessoa que se apresentasse diante do microfone ou da câmera. Partindo dessa premissa é possível estabelecer uma clara relação com aquilo escrito por Mcluhan em seu texto “Rádio - O Tambor Tribal”, em que afirmaria que o meio seria a mensagem, entendendo a mensagem do rádio como aquela que trabalha com um sentido isolado (audição), rico em mensagens abastadas de informação (dados de audição), que não dariam margem alguma para um esforço de complementação por parte do ouvinte da mensagem, sendo esse meio denominado como quente. Enquanto que a tv,um meio frio, não revelaria a mensagem de forma evidente, por não apresentar uma riqueza de informação perceptual,ou seja, não trabalhava com um sentido específico, seria algo mais complexo. Portanto, para se decifrar a mensagem televisa fazia-se necessário um maior esforço inconsciente de participação na sua própria formação.

McLuhan insiste seguidamente no caráter "subliminar" dos efeitos dos meios de comunicação e que seria ilusório tentar controlar esses efeitos com base no conteúdo daquilo que cada meio veicula. Portanto, é possível concluir que algo veiculado pelo rádio, se transportado fosse para a tv não resultaria na mesma mensagem, pois o conteúdo não seria o determinante da mensagem, mas sim o meio. Também menciona em seu texto como esses meios de comunicação de “massa” foram responsáveis por transformar o mundo numa verdadeira “Aldeia Global”. Ainda é possível destacar o seu entendimento do rádio como um meio que reduz o mundo a dimensões de “aldeia”, sem homogeneíza-lo, ao contrário da televisão que por possuir um centralismo organizativo, baseado na estruturação contínua, visual e linear, estabelece uma homogeneização dos “quarteirões” dessa “aldeia global”.

Grupo: Bárbara Futuro, Gustavo Rocha, Jesiel Araújo e Thiago Saldanha

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